sexta-feira, 7 de junho de 2013

LUOYANG - The Guanlin Temple

TEMPLO DE GUANLIN


Saindo do  Templo do Cavalo Branco nossa próxima parada foi o Templo Guanlin. Localizado à 7km de Luoyang este templo na verdade é um mausoléu onde está enterrado um dos guerreiros mais famosos da China Antiga, o General  Guan Yu. A história é meio complicada mas tentarei fazer um breve resumo.  
Guan Yu era um general do reino de Shu, no período em que a China era dividida em 3 reinos. Depois de ser morto pelo exército de um desses reinos, sua cabeça foi enviada como forma de represália para os campos de batalha.  No entanto, como Guan Yu era respeitado por todos, o grande líder do Reinado de Wei, Cao Cao ordenou que se fizesse um corpo de madeira para ser enterrado junto com sua cabeça e que se construísse um túmulo que posteriormente foi transformado em templo.  

Guan yu, o notável guerreiro.



O Templo não é muito grande mas é realmente formidável!  Ainda estava todo enfeitado para o Ano Novo Chinês com muitas lanternas e fitas vermelhas,  o que nos rendeu ótimas fotos!


Acesso principal do Templo, linda balaustrada de leões.
Luoyang definitivamente não é um roteiro muito apropriado para os baixinhos, mas por incrível que pareça meus filhos curtiram muito!  Tenho que tirar o chapéu e agradecer todos os dias a paciência deles, pois entrar e sair de Templo budista não é exatamente um programa que criança goste de fazer.  O resultado disso hoje em dia é:  _ Ahh não mãe!!! Templo não!! Pelo amor de Deus!!!  

Meu pequeno guerreiro e sua espada.

Sentindo os aromas!

A árvore dos desejos.
 A Arquitetura é a mesma de tantos outros templos, mas esse telhado era de uma exuberância! Deve ter dado um trabalho! As Telhas eram de cerâmica e o madeiramento era todo colorido!!


A leoa de bronze protegendo seu filhote me representou perfeitamente nesta  foto. Confesso que as vezes eu faço uma cara bem parecida!











quinta-feira, 6 de junho de 2013

LUOYANG - Templo do Cavalo Branco



TEMPLO DO CAVALO BRANCO

                           

Segundo a história, o Imperador Ming da Dinastia Han (25AC-220DC) teria enviado uma delegação para estudar o budismo na Índia e após três anos, dois monges indianos retornaram com um cavalo branco carregando escritos budistas. Como forma de agradecimento o Imperador ordenou que se construísse um monastério ao qual deu o nome de Templo do Cavalo Branco, o primeiro templo budista da China à mais de 1900 anos atrás.

Pedro e o Cavalo Branco.

De todos os templos que visitei este foi sem dúvida o mais "Zen".  Uma atmosfera de paz e harmonia pairava sobre os jardins.  Muitos fiéis demonstravam a fé acendendo incensos e reverenciando as imagens de Buda. Uma suave melodia preenchia todo ambiente nos convidando à um momento de contemplação.



Os incensos são usados para a  purificação da alma e são vendidos em feixes de diversos tamanhos. Geralmente depois de acesos são balançados num movimento  para frente e para trás voltando-se o corpo para os quatro pontos cardinais.

Feixes de incensos!! Adorei as cores!!

O movimento é de abaixar e levantar a cabeça várias vezes.

Foi ótimo para as crianças presenciarem este gesto tão incomum. Não sei como não reclamaram do cheiro dos incensos e acabaram curtindo e entrando no clima!  Espero que eles aprendam a respeitar as diversas manifestações de fé para que mais tarde possam fazer suas próprias escolhas.


 Com relação à Arquitetura os Templos Chineses diferem totalmente das igrejas ocidentais.  Estas se utilizam de todos os detalhes construtivos possíveis para causar imponência.  Grandes abóbadas, altíssimas janelas de vidro e salões grandiosos afastam o Homem do ser Divino. Nos templos budistas acontece  justamente o contrário, refletem o conceito da perfeita integração entre o céu e a terra, onde o ser humano faz parte da  natureza e pode trilhar seu próprio caminho para alcançar a divindade. Desta forma é bastante comum possuírem em seu interior belíssimos jardins trazendo o Paraíso para um plano mais humano.

Os diversos prédios que compõem um
Templo encerram o espaço, protegendo-o
propositalmente do mundo exterior.

Em resumo os templos budistas são constituídos por uma série de pequenos prédios cada um com uma estátua central de Buda cercado por outras estátuas de  figuras sagradas. No caso do Templo do Cavalo Branco, o primeiro prédio é o Salão dos Reis Celestiais (Hall of Heavenly Kings). Nele encontra-se uma escultura em madeira de uma das representações mais famosas de Buda, o Buda da sorte, que através de sua grande barriga simboliza fartura e saúde .  Nas laterais estão as estátuas em barro e seda  dos quatro Reis sagrados que protegem os templos dos maus espíritos e das guerras. As fotos seguintes mostram na sequência os três salões existentes neste templo.

SALÃO DOS REIS CELESTIAIS


Buda da Sorte, ou Buda Sorridente.
Representa fartura e saúde.
Uma pena que estava totalmente empoeirado!
Altar incrivelmente trabalhado em madeira e ouro!

Hall dos Reis Celestiais (Hall of the Heaveanly Kings)
Nenhuma ostentação a não ser pela riqueza da pintura do teto e
pelo belíssimo altar esculpido em madeira.

Presente na maioria dos Templos budistas,
 a cara feia é apenas para afastar os
maus espíritos e proteger das invasões.
SALÃO DO BUDA DEITADO
O Buda deitado.  Representando o alcance do Nirvana.
 SALÃO PRINCIPAL
Neste hall existem três figuras de Buda representando
o passado, o presente e o futuro.

Detalhe do altar e do teto.
Os telhados dos templos não apenas protegem contra as intempéries, mas também contra os maus espíritos que, segundo a crença, só andariam em linha reta.  Por isso possuem belos beirais curvos com madeiramento formidável onde  todas as peças são encaixadas e pintadas com cores exuberantes. Geralmente em tons de azul e verde contrastam com o vermelho dos tijolos das paredes criando um jogo de cores incrível que jamais esquecerei.



Nunca imaginei que pudesse mergulhar tão fundo nessa cultura tão exótica quanto a Cultura Chinesa.  Para cada aventura um livro poderia ser escrito.  Mas preciso ter o poder da síntese e mostrar o que realmente é importante.  Neste dia especificamente não poderia deixar de falar da boa vontade e carinho com os quais fomos tratados pelos nosso anfitriões.  Jovens de uma cultura ancestral que tentaram nos mostrar o pouco que sabem da história de seu próprio povo! À eles o meu eterno agradecimento.

João, Ana, Pedro com Mr. Chen, Mr ? , Mr. ?, Ms.?