quarta-feira, 13 de março de 2013

A Cidade Proibida

Estávamos em pleno Ano Novo Chinês.  Ingenuamente acreditamos que encontraríamos Pequim às moscas mas, para nossa surpresa, metade da população da Ásia teve a mesma ideia: visitar a Cidade Proibida.


Entrada oficial lotada! A famosa foto de Mao Tsé Tung estampada no maior símbolo do Império Chinês.
Inacreditável! Parecia saída de Vasco x Flamengo em dia de decisão. Uma multidão!
Estávamos em três táxis diferentes e, obviamente, os taxistas nos deixaram em três pontos diferentes do enorme muro que encerra a Cidade. O mais difícil foi juntar todo mundo novamente em meio à tanta gente.


Eu, João e Ana fomos deixados próximo ao portão Sul. Pedro, Breno e Arthur e Rebeca, no portão Leste e Valdir e Renata no portão Norte.



E lá vamos nós!!!

Passando pelo Portal da Paz Celestial.  Muita gente e muita "Paz".
Somente próximo ao Portal da Suprema Harmonia, como o próprio nome já diz, é que pudemos encontrar nossos amigos e seguir nosso passeio harmoniosamente. 
Amigos reunidos!!


Família reunida novamente!


Sempre atenta à tudo!  Um banho de cultura nessa garotada!


O casal de leões que representavam proteção para os palácios e templos na antiguidade e que agora é amplamente utilizado em entradas de estabelecimentos comerciais, restaurantes e etc.

A Cidade Proibida era residência e palácio de governo dos imperadores de diversas dinastias. Somente o imperador, sua família, empregados especiais, alguns soldados e guardas tinham a permissão de acesso ao seu interior. 
O filme O Último Imperador  (1987) retrata a vida da realeza e a decadência do Império chinês. A cena mais clássica do filme é aquela em que Imperador, Aisin-Gioro Puyi, com apenas 3 ou 4 anos de idade, se depara com o grande pátio coberto de súditos e soldados prestando-lhe reverência. Este foi o primeiro longa-metragem a ter autorização do governo da República Popular da China para filmar na Cidade Proibida 




Ao fundo o grande pátio e o prédio de governo de onde surge o  Imperador na cena do filme.
Esta foto mostra bem a dimensão do lugar.
Sala do Trono.
Os imperadores tinham uma única esposa, a Imperatriz, mas tinham também cerca de trezentas concubinas.  Todas viviam na Cidade Proibida e a maioria delas era fadada à solidão pois não podiam se relacionar com nenhum outro homem e muitas morriam sem sequer chegar perto do Imperador. 


Ao fundo prédios laterais de apoio ao palácio.  As concubinas viviam em prédios como estes totalmente isoladas da realeza.

Salão de festas da Imperatriz.  Aqui o mais difícil foi ver os relógios de água e areia que estavam no interior.
  Todos tentando ver o relógio de areia.
A multidão não atrapalhou nossa visita, ao contrário, deu um toque totalmente diferente. Além de ser divertido ver toda aquela gente com um único propósito (por incrível que pareça, cultural) foi engraçado nos misturarmos e nos encontrarmos facilmente como cartas marcadas de um baralho. Com exceção do pequeno corredor mostrado no filme à seguir, todo nosso trajeto foi feito com tranquilidade e sem qualquer confusão. 






A parede da sorte!  Vamos tocá-la?

A imagem imaculada de austeridade que a arquitetura imperialista nos transmite, vai por água abaixo quando a multidão  invade os pátios e retira o sossego soturno que outrora preenchia todo aquele vazio. Esta será a recordação mais forte que levarei daqui.



Um comentário:

  1. anonimo 14 março 2013. Celi que passeio magnifico.Adorei a comparaçao com o jogo de flamengo e vasco.Fiquei aliviada quando voces se encontraram.EStas crianças vao nos dar muitas aulas de cultura. voces estao nos dando muito orgulho.Milhoes de beijos para todos do Vô e da vo

    ResponderExcluir