Outro sítio arqueológico importante é a Aldeia de Banpo. Descoberta na década de 50 foi transformado em um museu onde se pode ver claramente o assentamento das casas, os furos de fixação dos pilares, o local da fogueira e os túmulos onde crianças e adultos eram sepultados. Vestígios de uma comunidade primitiva que há mais de 6000 anos já apresentava sinais de organização social, religiosa e arquitetônica.
Algumas dessas casas primitivas eram semi-enterradas para resguardar o fogo. |
No centro do povoado havia uma casa maior cercada por outras casas menores, mostrando a existência de alguma hierarquia social. Há indícios de que se tratava de uma sociedade estritamente matriarcal, onde o papel da mulher se sobrepunha ao do homem em diversos aspectos.
Vala ou canal que protegia a aldeia. |
Cerca de 46 casas formavam a aldeia ao redor da qual havia um canal artificial como proteção aos ataque de animais. Algumas tinham base quadrada, outras circulares, algumas semi-enterradas e já utilizavam métodos de construção tradicionais. São verdadeiras precursoras da arquitetura chinesa.
Bem próximo às casas foi encontrado uma espécie de cemitério com ossadas com diferentes características que ajudam os pesquisadores nas teorias sobre a cultura daquele povo. Por exemplo, crianças com menos que 12 anos eram enterradas em ânforas de barro e geralmente eram dispostas próximas de seus familiares para que teoricamente pudessem ficar juntos numa outra vida. Uma ossada foi encontrada com a face virada para a terra, podendo ter sido de algum inimigo invasor.
Estes são 4 irmãos que foram enterrados juntos. |
O museu fica fora do circuito turístico e estava praticamente às moscas, mas é de um valor histórico impressionante. Um filme de animação tenta reconstruir a vida daquela aldeia nos transportando para aquele tempo. Uma forma de tentar entender o passado, buscando explicações nas raízes da humanidade.
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